domingo, 3 de novembro de 2013

Cemitério de Praga


Autor: Eco, Umberto
Categoria: Literatura Estrangeira
Editora: Record
Publicação: 1ª Edição/2011
Páginas: 480

Sinopse
Personagens históricos em uma trama na qual se desenrola a história de complôs, enganos, falsificações e assassinatos, em que encontramos o jovem médico Sigmund Freud (que prescreve terapias à base de hipnose e cocaína), o escritor Ippolito Nievo, judeus que querem dominar o mundo, uma satanista, missas negras, os documentos falsos do caso Dreyfus, jesuítas que conspiram contra maçons, Garibaldi e a formação dos Protocolos dos Sábios de Sião. A única figura inventada nesse romance é o protagonista Simone Simonini, embora o autor defenda que basta falar de algo para esse algo passar a existir.


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Este não é um livro fácil de ler, é realmente um desafio para o leitor. Trata-se de uma obra para pessoas que gostam de grandes aventuras, tramas cheias de mistérios e intrigas em um cenário real e histórico. Uma leitura atenta permite ao leitor identificar momentos marcantes da história e se divertir com os desencontros dos personagens.

Umberto Eco é o responsável por essa impressionante obra. O autor erudito italiano, semiólogo, filósofo, linguista, professor e bibliófilo, responsável por “O Nome da Rosa”, um grande sucesso de 1981, criou um personagem, ou melhor, dois personagens em um só, em meio aos tumultuados cenários social e político na Europa do final do século XIX. Envolvidos cada vez mais nas intrigas de facções religiosas rivais e conspiradores antigovernistas, os personagens criam situações cômicas, perigosas e misteriosas.

O autor erudito não tem medo de trazer a tona assuntos como o antissemitismo e satanismo, que eram bastante comuns naquela época e moviam pessoas a participarem de ordens religiosas e rituais satânicos, ou o preconceito disseminado contra judeus e jesuítas e até espiões que eram fiéis apenas às suas próprias convicções. A imensa carga cultural do autor garante a este livro 480 páginas de história, suspense, terror, humor, sarcasmo e muito mistério. Seria trágico se não fosse cômico? Ou seria cômico se não fosse trágico?

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